29.6.11

 Renata Nogueira de Holanda, 1971.

Desde muito cedo se encontra envolvida em movimentos artísticos. Sua primeira individual foi em 1987 na Galeria Antônio Bandeira em Fortaleza Ceará. Fez Faculdade de Filosofia – UECE CE e Cursou a Escola de Art y Dibuix Massana em Barcelona, Espanha.
Vem desenvolvendo trabalhos em : Artes Plasticas, Fotografia e Meio Ambiente. Mantém o Atelier/Studio Ambiente Arte na cidade de Fortaleza - Ce Brasil, onde apresenta mostra permanente de seus trabalhos em pintura, escultura, instalações, fotografia, etc. Cede espaço para Cursos Avançados em Artes Plásticas, lançamentos de livros, cds (trabalhos autorais) e exposições.  Criou  também o Studio R2 (anexo ao atelier) onde realiza diversos trabalhos fotográficos, direcionados às artes.

Individuais mais importantes,
1987 – Galeria ANTÔNIO BANDEIRA – todas as formas do ventre - Fortaleza CE
1990 – CENTRO CULTURAL DO LAGO – DIAS SECOS – BSB DF
1993 – GALERIA LA PEDRERA – UM NOVELISTA EN EL MUSEO DEL PRADO – BARCELONA ESPANHA.
1997 – ESTORIL CASA DE CULTURA – EXPOSIÇÃO PICTÓRICA ITINERANTE O CENTAURO GITANO I – FORT CE
2010 - Entre dedos e tímpanos – Mis (museu da imagem e do som) Fotografia e Casa Juvenal Galeno Pinturas - Fortaleza Ce .

Principais Coletivas, 1994 – CASA DO BRASIL – COLORES DE MI TIERRA – BARCELONA ESPANHA , GALERIA GAUDÍ – MOSTRA PARALELA (TÉRMINO DO CURSO ESCOLA MASSANA) – PREMIAÇÃO REVELACION DEL 1º ANÕ (3º POSTO) – BARCELONA ESPANHA, 1996 – GALERIA MULT’ART – VIDAS – GOIÂNIA GO, 2006 – II MOSTRA 8 DE MAIO – CENTRO CULTURAL DO ABOLIÇÃO – FORTALEZA CE.20010

9.4.09

Imagem: especialidade do mirar com o devido reter e esgrimar com dedo em riste e língua afiada, contra os “doutores” de olhos magistrais que hoje enaltecem o que outrora afirmavam ser de muita pobreza na proeza e na prosa.





Ditos “mestres”, ofuscados pela empáfia, nunca atinaram para o fato de que o homem do sertão voa nas asas de fome dos urubus que tudo vêem e que escutam os segredos das lesmas que sabem das águas dormidas nas paredes dos cactos ou dos rebocos de pau-a-pique. É nessa fonte que Renata Holanda (e todos os mundos) traga e se embevece. Diferentemente dos que só bebem das superfícies cristalinas. (aluisiomartins)

14.7.08


Olhos escorem cores numa tez gravada à tela e se diluem no hemisfério de Signos compondo árvores genealógicas. Máscaras, seres, tucanos dialogam com o universo colorido: forma-se, deforma-se, escondem-se e reaparecem, de relance, na fronte de um felino. A harmonia azul desliza (suave) na pele-ouro de uma serpente, ou seios que se dissipam e escorem-líqüidos e soltos na cor rubra através do obscuro e forma a vida. Porque tudo é vivo no universo multicor de Renata Holanda, sua inquietação ultrapassa a tela e toca a argila e mais seres surgem esculpindo a imagem para o espectador mais atento, formas ancestrais saltam do inconsciente arremessadas à atualidade com suas instalações e objetos. A dualidade mística através do foco nos indaga: O que se esconde na alma do artista diante do espetáculo? Ou em seus “Caminhantes Caudalosos Tardios”, congelando o tempo que não se foi, traspassando por ela. E no reflexo do retrovisor, a transparência lúdica da alma dos animais. No hemisfério surreal, na poética vivenciada com os ciganos, em figueiras arregaçadas por arquitetos de horrores pós-mortem, torres de marfim, meninas de tranças, cavalos de balanço, centauros marsupiais tudo através da confluência de sua poética que se inicia feito meninos jumbos, perdidos derramando lágrimas- nanquim.

José Leite Netto